sábado, 30 de maio de 2009

O Rato e o Leão (Millôr)

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Depois que o Leão desistiu de comer o rato porque o rato estava com espinho no pé (ou por desprezo, mas dá no mesmo), e, posteriormente, o rato, tendo encontrado o Leão envolvido numa rede de caça, roeu a rede e salvou o Leão (por gratidão ou mineirice, já que tinha que continuar a viver na mesma floresta), os dois, rato e Leão, passaram a andar sempre juntos, para estranheza dos outros habitantes da floresta (e das fábulas). E como os tempos são tão duros nas florestas quanto nas cidades, e como a poluição já devastou até mesmo as mais virgens das matas, eis que os dois se encontraram, em certo momento, sem ter comido durante vários dias. Disse o Leão:

- Nem um boi. Nem ao menos um paca. Nem sequer uma lebre. Nem mesmo uma borboleta, como hors-d'oeuvres de uma futura refeição.

Caiu estatelado no chão, irado ao mais fundo de sua alma leonina. E, do chão onde estava, lançou um olhar ao rato que o fez estremecer até a medula. "A amizade resistiria à fome?" - pensou ele. E, sem ousar responder à própria pergunta, esgueirou-se pé ante pé e sumiu da frente do amigo(?) faminto. Sumiu durante muito tempo. Quando voltou, o Leão passeava em círculos, deitando fogo pelas narinas, com ódio da humanidade. Mas o rato vinha com algo capaz de aplacar a fome do ditador das selvas: um enorme pedaço de queijo Gorgonzola que ninguém jamais poderá explicar onde conseguiu (fábulas!). O Leão, ao ver o queijo, embora não fosse um animal queijífero, lambeu os beiços e exclamou:

- Maravilhoso, amigo, maravilhoso! Você é uma das sete maravilhas! Comamos, comamos! Mas, antes, vamos repartir o queijo com equanimidade. E como tenho receio de não resistir à minha natural prepotência, e sendo ao mesmo tempo um democrata nato e confirmado, deixo a você a tarefa ingrata de controlar o queijo com seus próprios e famélicos instintos. Vamos, divida você, meu irmão! A parte do rato para o rato; para o Leão, a parte do Leão.

A expressão ainda não existia naquela época, mas o rato percebeu que ela passaria a ter uma validade que os tempos não mais apagariam. E dividiu o queijo como o Leão queria: uma parte do rato, outra parte do Leão. Isto é: deu o queijo todo ao Leão e ficou apenas com os buracos. O Leão segurou com as patas o queijo todo e abocanhou um pedaço enorme, não sem antes elogiar o rato pelo seu alto critério:

- Muito bem, meu amigo. Isso é que se chama partilha, Isso é que se chama justiça. Quando eu voltar ao poder, entregarei sempre a você a partilha dos bens que me couberem no litígio com os súditos. Você é um verdadeiro e egrégio meritíssimo! Não vai se arrepender!
E o ratinho, morto de fome, riu o riso menos amarelo que podia, e ainda lambeu o ar para o Leão pensar que lambia os buracos de queijo. E enquanto lambia o ar, gritava, no mais forte que podiam seus fracos pulmões:

- Longa vida ao Rei Leão! Longa vida ao Rei Leão!

MORAL: Os ratos são iguaizinhos aos homens.

(Millôr)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Frase da Semana

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A faculdade virou uma instituição financeira que vende diplomas, onde o aluno é o consumidor interessado em comprar o diploma e o professor é o cara que quer atrapalhar as negociações.

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Solicitação aos Congressistas

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(desconheço o autor)

Tenda de milagres

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Paulo Coelho, “o fenômeno dos 100 milhões de livros”, como celebrou The New Yorker, a revista dos glitterati de Manhattan e adjacências, sabe quanto é difícil ser profeta em sua própria terra.

Foi no Brasil, é verdade, que ele desa-brochou, 22 anos atrás, com o recordista Diário de um Mago, instaurando o inebriante sortilégio mercadológico de peregrinos, anjos, demônios, duendes, mestres, adivinhos, fadas, aliens e santos.

Mas aquele que é hoje o escritor manuseado pelos Clintons, Chiracs e Mandellas, oráculo consultado em Davos pelos gurus da globalização, personalidade convidada para se sentar, de fraque e gravata branca, em banquete da rainha em Buckingham, padece aqui de uma dieta de admiração crítica e de afetos sinceros.

Ainda é sucesso de vendas no rés do chão do mercado editorial, porta-voz do escapismo em pílulas para os hipocondríacos da credulidade. Porém, no Brasil, vende hoje menos do que já vendeu e vende hoje menos do que na França, na Itália, na Rússia, mesmo no Irã, perdendo aqui para a competição pouco edificante de uma subliteratura de eclipses, crepúsculos e amanheceres que dissimula a malandragem de copiar sabe quem? Paulo Coelho.

Se o público verde-amarelo de Paulo Coelho vai paulatinamente perdendo o encanto por Paulo Coelho, esvaída talvez a fé no pendor curativo de seus aforismos, o que dizer então dos, hum, bem-pensantes, aqueles para quem o sucesso multinacional do bruxo dispara muito mais constrangimento do que orgulho? A praga de rejeição empapou até a trajetória de O Mago, a formidável biografia de 630 páginas tecida pelo talento minucioso do jornalista Fernando Morais.

Obra com tal pedigree era para ser o best seller de 2008, avalanche de vendas, fila nas livrarias, nem que fosse por certas pimentas que Fernando Morais salpica ao longo da saga louca e improvável de um personagem no fundo tão fluido que a gente às vezes teme ser produto da imaginação dele próprio. Não, a biografia, o biógrafo e o biografado, coitadinhos, terão de se contentar com a consagração internacional.

O mago que diz saber ficar invisível já tinha penado, aliás, para ser detectado pelo radar anacrônico da Academia Brasileira de Letras, a qual acabou por elegê-lo em caráter permanente, no final de 2002, para seu chá das quintas-feiras. Paulo Coelho ganhou a cadeira que pertencera a Roberto Campos. Um economista (“Você sabe o que para mim é esoterismo? A economia. Ninguém consegue me explicar como a economia global funciona...” Profética entrevista ao The Guardian, alguns meses antes do estouro da bolha).

Paulo Coelho foi receber as honras da imortalidade a bordo de um fardão que parecia tecido em ouro, mas também em ironia – afinal reconhecido pelos seus pares, ele que já vendeu mais livros do que todos eles juntos. Mas só duas ou três vezes voltou a botar o pé naquele cenáculo de coleguinhas quase inéditos.

Desabafo à parte, não lhe sobra muito tempo na agenda de cidadão do mundo recolhido, nas fraldas dos Pireneus, a uma aldeia de 200 almas. Em SaintMartin, vizinha de Tarbes, tão perto de Lourdes que é possível imaginar que as nuvens eternas que a encobrem sejam resultado da condensação da água benta que evapora lá do santuário, ele caminha, medita, ora e trabalha – quatro horas diante da tela do PC, não mais do que isso. E espera, de mala pronta, para a próxima viagem.

Paulo Coelho, aos 61 anos (nascido a 24 de agosto de 1947, virginiano), atende com solicitude infinita a um público de mais de 160 países, 66 idiomas e dialetos. Pode ser que não faça grande literatura, mas o certo é que fundou um culto literário.

De todo modo, exerce, dentro do possível, a faculdade da ubiquidade e o dom da automultiplicação. Até novela da Globo já fez, Eterna Magia (de maio a novembro de 2007), mas, como se tratava daquele horário crepuscular das 6 da tarde em que fantasmas e vampiros se despregam de seus tugúrios, nem de maquiagem adequada carecia sua figuração. Paulo Coelho interpretou a si mesmo.

Envergava o nome de Simon, o mago, e uma capa cabalística que o fazia esfumaçar ao fim de frases impregnadas de alegorias, tais como “toda vela acesa provoca uma sombra”. Supunha-se que Paulo Coelho fosse, ali, a reencarnação do deus celta Dagda, cercado de bruxinhas também irlandesas que se convertem em caipiras de peitos sempre arfantes e impulsos nada diáfanos. No fundo, deve ter se divertido. No fundo, Paulo Coelho sempre se diverte muito consigo mesmo.

Quando Dana Goodyear botou o ponto final nas inesperadas oito páginas de Paulo Coelho para The New Yorker (edição de 7 de maio de 2007), o mago tinha em seu portfólio oito romances – e um saindo do prelo. De lá para cá, produziu mais um. Ainda que fique às vezes a impressão de que, nas penumbras autobiográficas de hipérboles, metáforas, subentendidos e criptografias, ele está sempre reescrevendo o mesmo livro, Paulo Coelho faz menção de acreditar em Paulo Coelho, no convite que ele faculta a todos os seus leitores em prol do direito de sonhar (ou será de se iludir?). Milagres acontecem – apregoa ele. Quer uma prova? Paulo Coelho.

(Nirlando Beirão - www.cartacapital.com.br)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Luta pela infância

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[...] CRESCE O NÚMERO DE PAIS QUE LUTAM PARA MANTER A INFÂNCIA DOS FILHOS

Já constatamos que a infância está em franco declínio. Crianças da classe média têm hoje uma agenda lotada de compromissos, sofrem pressão para aprender cada vez mais cedo e têm pouco tempo e espaço para brincar. Crianças pobres trabalham e assumem responsabilidades precocemente.
Modos diferentes de entrar cedo demais no mundo adulto, mas muito semelhantes na consequência que produzem: a perda dessa fase da vida. Com isso, crianças pequenas carregam o fardo do contato com as mazelas dos adultos.
Colocamos muito cedo na vida de nossas crianças o consumo e a noção de economia, a competição acirrada, a responsabilidade de fazer escolhas e de arcar com elas, a vida individual como valor máximo e outros aspectos de nossa cultura.
Isso sem falar em todos os dramas e nas pequenas e grandes tragédias de nossa sociedade.
Nossa intenção parece ser nobre: preparar os filhos para o futuro que enfrentarão e inseri-los por completo no mundo em que vivem. Mas, se lembrarmos que essas questões tornam a vida de um adulto complexa e tensa, precisamos reconhecer que, para as crianças, isso é elevado à potência máxima.
Entretanto, é bom saber que é possível resistir a esse movimento e que há pais que têm enfrentado essa batalha com convicção e coragem. Aos meus olhos, cresce vagarosa, mas progressivamente, o número de pais que lutam para manter a infância dos filhos.
É significativo o grupo de pais que não procuram escolas que ensinam as crianças a escrever desde os três anos e a aprender, ao modo adulto, conteúdos de disciplinas do conhecimento. Esses pais querem escolas com professores capacitados a acompanhar as brincadeiras dos filhos e a conduzir com qualificação o processo de socialização.
Do mesmo modo, muitos pais já não hesitam em privar os filhos de objetos inúteis a eles, mesmo quando estes insistem. Sabem dizer, com firmeza, que o filho não precisa daquele tipo de calçado, tampouco de mais um brinquedo só porque todos os colegas têm.
Há, inclusive, pais que se negam a sustentar um mercado que tem como alvo as crianças e um estilo de vida. Recentemente, testemunhei uma cena deliciosa: uma família celebrando o aniversário do filho, com algumas crianças, em uma praça da cidade. Eles conseguiram sair do círculo do aniversário comemorado com grande festa em bufê, com dezenas de crianças e sem parentes adultos.
E há os que seguram os filhos na infância até perto dos 12 anos sem dar a mínima para essa bobagem de "pré-adolescente". As crianças não vão a festas sozinhas, não viajam com adultos que os pais mal conhecem, não frequentam shoppings sem responsáveis os acompanhando, não têm acesso às mídias sem tutela, por exemplo.
Esses pais sabem que pagam um preço por tal resistência: além de estarem muito mais atentos aos filhos, precisam bancar os conflitos que surgirão. Mas eles sabem que prestam um excelente serviço à sociedade e ao nosso futuro.

(ROSELY SAYÃO)

domingo, 17 de maio de 2009

Farra dos Juízes (2)

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Planos de saúde também pagam encontro de juízes em outro resort na Bahia

A Associação de Magistrados da Bahia, com apoio financeiro de planos de saúde, promoveu um fim de semana para 80 desembargadores e juízes baianos no Hotel Iberostar, um resort cinco estrelas na Praia do Forte, para discutir ética no relacionamento do setor de saúde. Além de magistrados, participaram dos debates também representantes dos planos de saúde, de clínicas e hospitais. Representantes de médicos e clientes dos planos não estiveram presentes.

Da tarde de quinta-feira até a tarde de domingo (23 a 26 de abril), os magistrados tiveram à disposição todos os serviços do hotel pelo sistema all inclusive, ou seja, sem precisar pagar por refeições, bebidas alcoólicas, piscinas, massagens, prática de esportes e outros. As informações são do jornal Correio da Bahia, em texto do jornalista Marcelo Brandão.

O credenciamento foi realizado na quinta (23) à tarde e o checkout, após o almoço de domingo (26). A agenda do evento previa os debates para as manhãs de sexta e sábado. As tardes e noites de quinta, sexta e sábado e a manhã de domingo foram livres para que os juízes pudessem aproveitar a estada no hotel. Pouco mais de 80 magistrados participaram do evento; a maioria levou acompanhante. Cerca de 160 pessoas estiveram hospedadas no hotel.

Na manhã de sexta (24) primeiro dia de seminário, houve uma pequena presença de magistrados nas palestras. Fizeram inscrição para o seminário juízes de primeira e segunda entrâncias e os desembargadores baianos Paulo Furtado, que atua como ministro convocado no STJ , e Lealdina Torreão, vice-presidente do TJ da Bahia - também revela o jornal baiano, que acrescenta que "muitos juízes que participaram do evento, apoiado financeiramente pelos planos de saúde, atuam em varas judiciais de relação de consumo, tomando decisões que envolvem empresas do setor".

O juiz Ubiratã Mariniello Pizzani, presidente da Associação de Magistrados da Bahia, realizadora do evento, negou que o seminário tivesse sido patrocinado por planos de saúde. Mas duas empresas do setor, Camed e Promédica, confirmaram que deram apoio financeiro ao evento. Pizzanni disse apenas ter recebido patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e da Petrobras.

A assessoria do Banco do Nordeste da Bahia negou a informação. A Petrobras informou ter dado apoio ao evento, mas não revelou o valor.

O superintendente de marketing da Camed, Raniere dos Santos Lima, confirmou que a empresa apoiou financeiramente o seminário, mas não quis dizer o valor.

“A Camed e mais umas 15 empresas do setor apoiaram o seminário realizado pela Amab”, garantiu Lima. O diretor administrativo da Promédica, Jorge Oliveira, também afirmou que a empresa colaborou financeiramente com o evento dos magistrados. O custo total não foi revelado pela Amab.

Uma diária no Iberostar Praia do Forte pelo sistema all inclusive custa R$ 506 por pessoa. Esse valor multiplicado por 160 hóspedes, durante três dias, daria pouco mais de R$ 240 mil. Diretores da Barra Viva Eventos, contratada para realizar o seminário, também não quiseram revelar quem pagou a conta.

O presidente da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), o juiz Ubiratã Mariniello Pizzani foi procurado pelo Correio da Bahia durante três dias, mas não atendeu à equipe de reportagem. A diretora de eventos da entidade, a juíza Graça Maria Vieira da Silva, também não retornou às ligações.

O jornal baiano entrou em contato, aleatoriamente, com cinco juízes que se inscreveram para participar do seminário, além de dois desembargadores. Todos os magistrados afirmaram desconhecer que o evento foi patrocinado por planos de saúde e que sabiam apenas que foi realizado pela Amab.

Magistrados que participaram do seminário preferiram não opinar se existe dilema ético no fato do evento ter sido financiado por planos de saúde, parte interessada nas decisões dos juízes.

A desembargadora Lealdina Torreão, informou que foi ao seminário a convite da Amab, mas não sabia que o evento foi apoiado pelos planos de saúde. Já o ministro Paulo Furtado negou ter feito sua inscrição no evento, apesar de seu nome aparecer na lista de confirmações.

(Espaço Vital - 11 de Maio de 2009)

IBEROSTAR BAHIA RESORT - PRAIA DO FORTE - SALVADOR

Em meio ao paraíso natural de Praia do Forte, o complexo Iberostar Praia do Forte Golf & Spa é o mais novo empreendimento turístico de alto padrão do litoral baiano.

Com uma área de 213 hectares, mais de 600 apartamentos e a maior piscina do país neste segmento, o Iberostar Bahia oferece uma mega estrutura de lazer e entretenimento, servida pelo sistema all inclusive, com alimentos e bebidas (incluindo alcoólicas) a vontade, 24 hs por dia.

(Fonte: www.happydayturismo.com.br/resorts/)

Farra dos Juízes

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Febraban paga encontro de juízes em resort - Congresso na Bahia bancado por federação reuniu, entre outros, ministros do TST e advogados de bancos; evento já foi feito 16 vezes.

TRT-SP diz que não houve discussão sobre processos durante o evento; federação afirma que o congresso é "essencialmente técnico"

Um grupo formado por 42 juízes do trabalho e ministros do TST (Tribunal Superior do Trabalho) teve passagens, hospedagem e refeições pagas pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para participar de um congresso promovido pela entidade em um resort cinco estrelas na Praia do Forte (BA), durante o feriado prolongado de 21 de abril.

É o 16º ano que o evento é realizado no país, com o objetivo de discutir temas relacionados a questões trabalhistas, segundo a federação dos bancos.

A maior parte dos dez ministros do TST que estiveram no congresso, dos presidentes ou representantes de TRTs (Tribunais Regionais do Trabalho) de várias regiões do país, entre eles o de São Paulo, e dos juízes que participaram do evento foram acompanhados por suas mulheres ou maridos, a exemplo de anos anteriores.

A diária de um apartamento standard para um casal no Tivoli Ecoresort Praia do Forte, onde ocorreu o evento deste ano, custa R$ 798, disseram funcionários do hotel. Cerca de 200 dos 293 apartamentos do hotel foram reservados para o "16º Ciclo de Estudos de Direito do Trabalho" da Febraban. Nesse caso, a diária pode ser reduzida para cerca de R$ 600, segundo a Folha apurou.

O evento não é aberto ao público e envolveu outras 62 pessoas, entre advogados, professores e juristas, além dos 42 magistrados. Com os acompanhantes, o número total de pessoas no evento foi de 170.

Juízes que já estiveram no congresso em anos anteriores relataram à Folha que os debates são feitos na parte da manhã e que as tardes são livres.

"Convidamos os juízes para trabalhar quatro dias em um feriado em que estariam de folga com suas famílias. Houve trabalho todos os dias. É justo que levem seus familiares", disse Magnus Apostólico, superintendente de Relações do Trabalho da Febraban.

A programação começou no sábado, no dia 18 de abril, com a abertura do evento às 18h30, feita pelo vice-presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, e palestras até as 21h, segundo informou a Febraban. O corregedor do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, também participou.

Nos dias 19 e 20, as atividades aconteceram das 8h30 até as 13h30. O tempo restante foi livre. No dia 21, data de encerramento, os debates e palestras aconteceram das 8h30 até as 11h30. "Foi uma carga pesada", disse o superintendente.

À Folha o TST disse que a decisão de participar do evento depende de cada juiz.

O TRT-SP afirmou, também por meio de sua assessoria, que a participação de magistrados em congressos e ciclos de estudos é necessária "para o melhor desempenho da atividade jurisdicional" e que "não houve discussões sobre processos ou mesmo sobre empresas e temas que pudessem suscitar comprometimento à independência dos juízes". Cinco representantes de São Paulo participaram do encontro.

Proximidade

Segundo a Febraban, o evento é "autossustentável". Isso porque as 60 pessoas que se inscreveram para participar do congresso - entre advogados trabalhistas dos bancos e funcionários ligados às áreas de recursos humanos e relações trabalhistas das instituições financeiras - pagaram R$ 11 mil para participar dos quatro dias de debates. O pacote incluía um acompanhante.

"A receita das inscrições deve cobrir o custo total do evento, que ainda não está fechado. Os juízes vieram como convidados e não receberam por isso. Foram pagas as passagens, as estadias e as refeições. O evento é autossustentável porque foi custeado pelos recursos pagos pelos 60 inscritos", diz o superintendente da Febraban.

A Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho) não comentou a participação de ministros, desembargadores e juízes no evento.

Magistrados que já estiveram no encontro em anos anteriores - e que preferiram não ser identificados - disseram à Folha que ficaram preocupados com a proximidade com os advogados dos bancos e com a possibilidade de o pagamento de despesas poder ser considerado remuneração indireta, o que é proibido. Alguns também questionaram o fato de somente a cúpula da Justiça trabalhista ser convidada.

Na opinião desses juízes consultados pela Folha, se o objetivo do congresso é discutir temas trabalhistas, o evento deveria ser aberto inclusive para juízes da primeira instância.

O setor bancário é considerado um dos campeões de reclamações trabalhistas no país, segundo ranking feito durante anos pelo próprio TST.

"O evento é essencialmente técnico. Os ministros e juízes jamais são questionados sobre decisões que tomam ou estão em julgamento. Até porque se fizéssemos isso, eles não participariam mais", disse o representante da Febraban. "Os advogados que vão ao evento sabem que não podem fazer esses questionamentos. Os temas debatidos são teses jurídico-trabalhistas."

No ciclo de estudos deste ano foram discutidos, entre outros temas, o projeto de lei que regulamenta a terceirização no Brasil e as demissões feitas durante os reflexos da crise econômica mundial no Brasil, segundo informa a Febraban.

"Se fôssemos pensar que um ministro do TST pode se comprometer num final de semana em que ele vai trabalhar, então estaríamos completamente perdidos. Há uma história de 16 anos de realização desses eventos. Todo ano, após o congresso, é publicado um livro com todas as palestras, os debates e os questionamentos feitos por cada participante", disse Apostólico.

(CLAUDIA ROLLI DA REPORTAGEM LOCAL - SILVIO NAVARRO DO PAINEL)

JESUS VISITA LULA



Lula discursava para dezenas de milhares de pessoas no Anhangabaú em SP quando de repente aparece Jesus Cristo baixando lentamente do céu.

Quando chega ao lado de Lula, Jesus lhe diz algo ao ouvido. Então Lula, dirigindo-se à multidão diz:

- Atenção companheiros! O companheiro Jesus Cristo aqui quer dizer umas palavras para vocês.

Jesus pega o microfone e diz:

- Povo brasileiro, este homem que tem barba como eu, não lhes deu o pão do conhecimento da mesma forma que eu fiz?

O povo responde:

- Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!

- Não é verdade que, de comer a todos, este homem inventou o fome zero para que todos pudessem se alimentar?

- Siiiiiiiiiiiiiiiiiiim!, respondeu o povão.

- Não é verdade que assegurou tratamento médico e remédios para os pobres, assim como eu curei os enfermos?

O povo grita:

- Siiiiiiiiiiiiiiiiiim!

- Não foi traído por companheiros de partido, assim como eu fui traído por judas?

O povo então gritou ainda mais forte:

- Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!


Então o que vocês estão esperando para crucificar esse filho da puta?

(Autoria desconhecida - Recebido por Email)

Deputado acusado de estupro. Só faltava essa!!!

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Um deputado vira réu no Supremo Tribunal Federal, acusado, acredite, de estuprar uma funcionária pública


ENCRENCA


O deputado Gervásio Silva, do PSDB de Santa Catarina: mais um enrolado na Câmara.

Gervásio Silva, contador catarinense de 53 anos, é um dos 513 deputados federais. Até a semana passada, ele cumpria discretamente seu terceiro mandato em Brasília. Na quinta-feira, no mais recente caso da infindável tormenta ética que está destruindo o Congresso, Gervásio, o contador, tornou-se réu por estupro. Você não leu errado: estupro. A ação penal foi aberta pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, que acolheram uma denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal. Segundo os procuradores, Gervásio violentou uma funcionária do município catarinense de Curitibanos. O crime teria acontecido depois de o deputado dar uma carona à mulher até Florianópolis. Ele a conduziu até o hotel onde ela se hospedaria na cidade e, lá chegando, os dois subiram à suíte para jantar. Até esse ponto, a versão de ambos coincide. De acordo com o depoimento da suposta vítima, uma vez no quarto, o deputado despiu-se e investiu com violência contra ela, arrancando-lhe as roupas. Três dias depois, a acusadora prestou queixa na Delegacia da Mulher em Florianópolis. Ela se submeteu a um exame corporal, no qual foram constatados fortes vestígios de agressão sexual. O deputado nega as acusações. Caberá agora ao Ministério Público produzir mais provas até o julgamento do caso, que ainda não tem data marcada.

Sérgio Moraes foi afastado da relatoria do caso do deputado do castelão. Ele falou demais

Atualizando-se o currículo dos ocupantes da Câmara, agora se sabe que: há deputado acusado de estupro, há deputado dono de castelo, há deputado que embolsa dinheiro da verba indenizatória, há (muitos) deputados que viajam pelo mundo com dinheiro público. Há também deputado que se lixa para a opinião pública. Esse, no entanto, se deu mal. Sérgio Moraes, do PTB gaúcho, descobriu na semana passada que seus sentimentos em relação ao que pensam os eleitores e os contribuintes que lhe pagam o salário e as mordomias são correspondidos. Relator do processo de cassação do deputado Edmar Moreira, aquele que escondeu do Fisco um castelão de 25 milhões de reais, Moraes havia sugerido que iria pedir o arquivamento do caso: "Estou me lixando para a opinião pública! Vocês batem, batem e nós nos reelegemos mesmo assim". O desprezo do deputado é compartilhado, em segredo, por numerosos parlamentares. Moraes pecou por sua verborrágica sinceridade. Seus colegas mais ladinos – e hipócritas – perceberam que a opinião pública ficou magoada e queria que o deputado se lixasse. Na quarta-feira, eles afastaram Moraes da relatoria do caso. Episódios assim não acontecem por acaso. Os deputados sabiam que Moraes era o homem certo no lugar certo. Sabiam que ele já foi processado por agressão, favorecimento à prostituição e outros crimes pesados. Eles também se lixam para o eleitor. A diferença é que não são sinceros.

Diego Escosteguy

(Fonte: Revista Veja Edição 2113)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Comportamento homossexual dos petistas

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Por não ser petista, sempre fui considerado "de direita" ou "tucano" pelos meus amigos do falecido Partido dos Trabalhadores.

Vejam, nunca fui "contra" o PT. Antes dessa fase arrogante mercadântica-genoínica, tinha respeito pelo partido e até cheguei a votar nos "cumpanheiro". A produtora de televisão que ajudei a fundar no início da década de 80, a Olhar Eletrônico, fez o primeiro programa de TV do PT. Do qual aliás, eu não participei.

Desde o início, sempre tive diferenças intransponíveis com o Partido dos
Trabalhadores. Vou citar duas.

Primeira: nunca engoli o comportamento homossexual dos petistas. Explico: assim como os viados, os petistas olham para quem não é petista com desdém e falam: deixa pra lá, um dia você assume e vira um dos nossos.

Segunda: o nome do partido. Por que "dos Trabalhadores"? Nunca entendi. Qual a intenção?

Quem é ou não é "trabalhador"? Se o PT defende os interesses "dos Trabalhadores", os demais partidos defendem o interesse de quem? Dos vagabundos?

E o pior, em sua maioria, os dirigentes e fundadores do PT nunca trabalharam. Pelo menos, quando eu os conheci, na década de 80, ninguém trabalhava. Como não eram eleitos para nada, o trabalho dos caras era ser "dirigentes do partido". Isso mesmo, basta conferir o currículum vitae deles.

Repare no choro do Zé Genoíno quando foi ejetado da presidência do partido. Depois de confessar seus pecadinhos, fez beicinho para a câmera e disse que no dia seguinte ia ter que descobrir quem era ele. Ia ter "que sobreviver" sem o partido. Isso é: procurar emprego. São palavras dele, não minhas.

Lula é outro que se perdeu por não pegar no batente por mais de 20, talvez 30 anos... Digam-me, qual foi a última vez, antes de virar presidente, que Luis Ignácio teve rotina de trabalhador? Só quando metalúrgico em São Bernardo. Num breve mandato de deputado, ele fugiu da raia. E voltou pro salarinho de dirigente de partido. Pra rotina mole de atirar pedra em vidraça.

Meus amigos petistas espumavam quando eu apontava esse pequeno detalhe no curriculum vitae do Lula. O herói-mor do Partido dos Trabalhadores não trabalhava!!!

Peço muita calma nessa hora. Sem nenhum revanchismo, analisem a enrascada em que nosso presidente se meteu e me respondam. Isso não é sintoma de quem estava há muito tempo sem malhar, acordar cedo e ir para o trabalho. Ou mesmo sem formar equipes e administrar os rumos de um pequeno negócio, como uma padaria ou de um mísero botequim?

Para mim, os vastos anos de férias na oposição, movidos a cachaça e conversa mole são a causa da presente crise. E não o cuecão cheio de dólares ou o Marcos Valério. A preguiça histórica é o que justifica o surto psicótico em que vive nosso presidente e seu partido. É o que justifica essa ilusão em Paris.... misturando champanhe com churrasco ao lado do presidente da França... outro que tá mais enrolado que espaguete.

Eu não torço pelo pior. Apesar de tudo, respeito e até apoio o esforço do Lula para passar isso tudo a limpo. Mesmo, de verdade.

Mas 'pelamordedeus', não me venham com essa história de que todo mundo é bandido, todo mundo rouba, todo mundo sonega, todo mundo tem caixa 2...

Vocês, do PT, foram escolhidos justamente porque um dia conseguiram convencer a maioria da população (eu sempre estive fora desse transe) de que vocês eram diferentes. Não me venham agora querer recomeçar o filme do início jogando todos na lama.

Eu trabalho desde os 15 anos. Nunca carreguei dinheiro em mala. Nunca fui amigo dessa gente.

Pra terminar uma sugestão para tirar o PT da crise. Juntem todos os "dirigentes", "tesoureiros", "intelectuais" e demais cargos de palpiteiros da realidade numa grande plenária. Juntos, todos, tomem um banho gelado, olhem-se no espelho, comprem o
jornal, peguem os classificados e vão procurar um emprego para sentir a realidade brasileira.

Vai lhes fazer muito bem. E quem sabe depois de alguns anos pegando no batente, vocês possam, finalmente, fundar de verdade um partido de trabalhadores.

MARCELO TAS (jornalista, autor e diretor de TV. A ênfase de seu trabalho está na criação de novas linguagens nas várias mídias onde atua. Entre suas obras destacam-se os videos do repórter ficcional Ernesto Varela; participação na criação das séries "Rá-Tim-Bum", da TV Cultura e o "Programa Legal", na TV Globo. Recentemente, Tas realizou o "Beco das Palavras", um game interativo que ocupa uma das salas mais concorridas do novo Museu da Lingua Portuguesa, na Estação da Luz, em São Paulo. E agora dirige o programa CQC na Bandeirantes)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Para entender melhor os parlamentares...

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Um dia um florista vai ao barbeiro para um corte de cabelo. Depois do corte ele pede a conta e o barbeiro responde, “eu não posso aceitar pagamento hoje. Eu estou fazendo um serviço comunitário grátis nesta semana.” O florista satisfeito deixou a barbearia. Quando o barbeiro abriu sua loja na manhã seguinte achou um cartão dizendo “OBRIGADO” e uma dúzia de rosas em sua porta.

Depois, um padeiro vai ao barbeiro cortar cabelo. Depois do corte ele pede a conta e o barbeiro responde, “eu não posso aceitar o seu dinheiro hoje. Eu estou fazendo um serviço comunitário grátis nesta semana” Na manhã seguinte o barbeiro encontrou na sua porta um cartão dizendo “OBRIGADO” com uma dúzia de pães.

Mais tarde, um professor de faculdade vai ao barbeiro para um corte de cabelo. Depois do corte ele pede a conta e o barbeiro responde, “eu não posso aceitar o dinheiro de você hoje."Eu estou fazendo um serviço comunitário grátis nesta semana.” O professor muito feliz vai embora. Na manhã seguinte em que o barbeiro abre sua loja, encontra um cartão dizendo “OBRIGADO” e uma dúzia de livros diferentes, como “Como Melhorar seu Negócio” e “Como se transformar mais Próspero”, etc....

Aí, um Deputado (político) aparece no mesmo para cortar cabelo. E quando vai pagar a conta o barbeiro responde, “eu não posso aceitar o dinheiro de você hoje. Eu estou fazendo um serviço comunitário nesta semana.” O Deputado muito satisfeito deixa a barbearia. Na manhã seguinte quando o barbeiro abre sua loja, encontra uma dúzia de Deputados na fila esperando o corte de cabelo GRÁTIS!


(Autoria desconhecida - recebido por Email)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A gente somos burros de carga! Burros mesmo!!!



No Brasil de anormalidades infinitas, tudo é normal

“É normal”. “É natural”. “Esse tipo coisa acontece há 50 anos”. “Não há crime”. “Não existe ilegalidade”. “Isso sempre foi assim”.

Endossada por Lula, a reação dos congressistas à utilização da coisa pública em benefício privado esfrega na cara do país uma revelação.

Geeeente, “sempre foi assim!”. Mais do que um raciocínio, é um bordão. Ou, por outra, é o lema de uma classe.

Os chatos que infestam o país, sobretudo os jornalistas, não dão o devido valor à tradição que está embutida na apropriação do alheio.

Os pessimistas não se dão conta da beleza que salta da prática transmitida pelos homens de bens, de geração para geração. “É normal”.

O belo está no sólido, no imutável. Quando um parlamentar voa com a família para Paris, ele dá um sentido hierárquico à vida nacional.

Põe a bugrada no seu devido lugar. Mostra aos deserdados da sorte que nem tudo é tristeza no Brasil. Alguém está feliz acima deles.

Há estabilidade na rotina brasileira. A pobreza –material e de espírito— é perene. Mas também o privilégio alcançou a vida eterna. “É natural”.

Nem tudo está perdido. A madame foi a Miami com os filhinhos. Refugiou-se na melhor hospedaria de Boca Raton. Comprou vestidos novos.

Que diabos, queriam o quê? Que a patroa do deputado se exibisse em trapos? Por acaso desejam socializar as mazelas da nação? E a tradição, como fica?

O ministro do STF foi à sala Vip? Livrou-se do aperelho de “raio X” da PF? Esquivou-se da revista na alfândega? E daí? Geeente, “sempre foi assim”.

A filha de FHC virou funcionária fantasma do Senado? “Não há crime”. Trabalhava no Planalto, sob o pai-presidente. Natural que obtivesse outra boquinha.

Quando a anormalidade é muita, tudo passa a ser “normal”. Os incentivos fiscais, os fabulosos lucros da banca, a rolagem das dívidas dos sonegadores eternos...

...O empreguismo estatal, o tilintar de verbas no Congresso. “Natural, sempre foi assim, é a tradição”.

Com sua implicância desmedida, a imprensa frangou a grande revelação: muita coisa melhorou no país!
Junto com a estabilidade da moeda, veio a solidez do modelo político. Mudar, sim. Mas tudo tem limites.

De resto, quem disse que o melhor está no novo? Será que não vêem o progresso que viceja nas franjas do privilégio? Às favas com a cegueira da moral protestante!

Viva a tradição secular do patrimonialismo que assegura aos miseráveis a visão pródiga dos brasileiros finos e bem-nutridos.

Há que ter orgulho desse Brasil regido por normas sólidas. É um país perpétuo, imutável. Uma nação que, por estável, oferece ao mundo exemplos de evolução.

Entre nós, o universo da política é feito à base de adaptações que asseguram a estabilidade do modelo.

Veja o caso do Maluf. Integrou-se ao consórcio que dá suporte congressual ao Lula. O Quércia, outro símbolo do Brasil estável, já se acertou com o Serra.

“É normal”. “É natural”. “Isso sempre foi assim”. Por que haveria de mudar?

Blog do Josias de Souza às 18h07 UOL

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O fabuloso hábito de o Estado brasileiro trabalhar para oferecer privilégio para a casta que se ocupa do poder.

Em Brasília, como se sabe, o costume é pedir um apoio. Uma ajuda. Uma facilidade.

Foi o que fez o Senado em julho de 2008 ao pedir “apoio” para o então diretor geral da Casa, Agaciel Maia, que viajaria em férias com 7 integrantes de sua família para um tour pela Europa (Paris, Roma e Londres, nessa ordem). Agaciel perdeu o cargo recentemente –depois de ter se enrolado com a declaração de sua casa brasiliense à Justiça.
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Blog do Fernando Rodrigues 08h54 - 02/05/2009 UOL

domingo, 3 de maio de 2009

Blog do Além - Lady Di

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PENSAMENTOS SEM FREIOS

Fui uma menina como qualquer outra. Sonhava em me casar com um príncipe encantado e ir morar num castelo. Como não deu muito certo, dediquei-me às causas humanitárias.

Charles é realmente muito educado, tem um gosto refinado para a gastronomia, música e literatura. Mas na intimidade é bem cafona. Só para vocês terem uma ideia, ele me chamava de princesa e a seus pais de coroas.

Uma das coisas que mais me envergonhava na relação com Charles não eram suas puladas de muro. Eu ficava passada mesmo quando ele se animava a dançar samba, em visitas oficiais ao Brasil.

Tentei de tudo para evitar a separação com Charles. Toda vez que eu o convocava a conversar para discutir nossa relação, ele dizia: “Sou todo ouvidos” – coisa que eu não podia contestar.

Uma vez sonhei que tentava beijar o Charles para ver se ele virava um sapo. Então um sapo apareceu e disse: “Qualé? Tá de sacanagem?”

Não tenho nada contra a Camilla. A natureza é que implicou um pouco com ela.

O fato de o presidente Lula ter sentado ao lado da rainha não me espanta. No Brasil, muitos plebeus já foram alçados à realeza: Dudu Nobre, Roberto Carlos, Pelé e Xuxa, a rainha dos baixinhos.

Para refletir: as coisas entre eu e o Dodi estavam indo rápidas demais.

Não me importo com as piadas póstumas. Minha morte contribuiu muito para a boa fama do humor inglês. Alguns chistes entraram para o clássico do anedotário britânico, como: o que você dá a uma princesa que tem tudo? Um cinto de segurança e um airbag. Gosto especialmente das que usam a estrutura da pergunta “qual a semelhança?”, pois nunca a pessoa sabe a resposta – o que cria uma expectativa. Por exemplo, qual a semelhança entre a minha pessoa e o Pink Floyd? O último hit parede de ambos foi The Wall.

Elton John, além de ter composto uma canção póstuma, foi a única rainha que chorou em meu funeral.

A crise não deveria apavorar ninguém. Ela é mais psicológica do que real. Eu mesma já estou vendo uma luz no fim do túnel.


(www.blogsdoalem.com.br)

Alimentação Balanceada

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A alimentação é um assunto muito sério. Manter uma dieta saudável e balanceada não é nada complicado. Com algumas informações básicas, qualquer um pode aprender a equilibrar sua dieta e a obter, dessa maneira, uma vida mais saudável.

É recomendado por nutricionistas e profissionais de saúde o consumo de uma grande variedade de alimentos, pertencentes a todos os grupos alimentares. Assim, carnes, peixes, aves, produtos lácteos, legumes, vegetais, frutas e grãos devem compor nossa alimentação. Cada alimento tem uma gama de nutrientes essenciais, e o consumo equilibrado e variado deles assegurará uma dieta saudável.

Existem aproximadamente 50 nutrientes essenciais ao ser humano, e não há um tipo de alimento que, sozinho, forneça todos os nutrientes de que o organismo necessita. Por exemplo: a carne é uma excelente fonte de vitamina B12, porém não contém vitamina C. Por outro lado, a laranja tem vitamina C, mas não apresenta vitamina B12. Portanto um alimento só não pode suprir todas as nossas necessidades, assim como quantidades exageradas de um alimento não podem suprir a falta de outro.

Além da alimentação, outros cuidados devem ser tomados para manter a saúde: praticar regularmente exercícios e evitar o fumo, as bebidas alcoólicas, o estresse a obesidade.

É importante observar que uma dieta saudável não requer grandes quantidades de alimento. Em muitos países, como a França, os Estados Unidos e até mesmo o Brasil, é comum o abuso de carboidratos e de açúcares e a falta de frutas e de vegetais na dieta. Embora possa parecer contraditório, uma pessoa cujo peso está acima do ideal não está necessariamente bem nutrida.

Os alimentos abastecem o organismo humano dos nutrientes essenciais, que têm várias funções: fornecem energia, propiciam o crescimento corporal e mantêm em bom funcionamento o corpo de pessoas em fase de crescimento ou já adultas.

A maioria dos nutrientes tem uma função específica, porém muitos deles também atuam em outras funções:

• Carboidratos (açúcares): fornecem energia e auxiliam no desenvolvimento do organismo;

• Proteínas: sua função primária é atuar como "blocos de construção" do corpo, mas também fornecem energia;

• Lipídios (gorduras): fornecem energia e ajudam no desenvolvimento do organismo;

• Minerais e vitaminas: asseguram um bom funcionamento do organismo e atuam também como reguladores de sua construção e de sua manutenção.

Os nutrientes que fornecem energia (e, portanto, calorias) são:

• Açúcares: 1 grama de açúcar contém 4 Kcal*
• Proteínas: 1 grama de proteína contém 4 Kcal
• Lipídios: 1 grama de lipídio contém 9 Kcal

O balanceamento incorreto dos alimentos dos diversos grupos alimentares pode levar a deficiências de minerais e vitaminas, o que, muitas vezes, prejudica a saúde das pessoas.

Para atender a todas as necessidades do organismo, nossa alimentação, além de conter os nutrientes listados acima, deve incluir água (essencial para a vida) e fibras, que, apesar de não serem fontes de nutrientes, são importantes para o bom funcionamento intestinal.

A carne bovina é uma excelente fonte de proteínas de alta qualidade, minerais como ferro e zinco, ácidos graxos essenciais, vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina, niacina, biotina, ácido pantotênico, folacina, vitaminas B6 e B12). A carne bovina magra deve fazer parte de uma alimentação saudável e variada, pois é um alimento denso e de alto valor biológico, ou seja, encerra uma grande concentração de nutrientes essenciais em relação à quantidade de energia que contém (reduzido teor de calorias em relação ao fornecimento de nutrientes).

Além disto, a carne adequa-se às regras básicas da nutrição saudável: balanço nutricional, variedade e moderação. Todos os nutrientes contidos na carne bovina são de primordial importância na alimentação humana, destacando-se o ferro.

Tabela de fontes de nutrientes da carne vermelha:

Proteína 51%
Zinco 38%
Vitamina B12 37%
Selênio 26%
Fósforo 20%


* A abreviação "Kcal" pode surpreendê-lo, porém ela é correta para expressar "calorias". As calorias de que tanto falamos são na realidade quilocalorias
Obs: "quilo" significa 1.000 unidades; um quilograma (ou Kg) indica 1.000 gramas.

* A abreviação "Kcal" pode lhe surpreender, porém ela é correta para expressar "calorias". As calorias de que tanto falamos são na realidade "Kilocalorias"
Obs: "kilo" significa 1.000 unidades, como no exemplo de Kg ou quilograma, que indica 1.000 gramas)


(Fabiana Farias - Fonte: http://www.sic.org.br)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Guerra dos sexos

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A diferença entre os cérebros dos homens e das mulheres


Qual a diferença entre o cérebro do homem e da mulher? Além dos 4 milhões de neurônios que já deram origens a muitas piadas, um estudo da Universidade de Stanford garante que a área do cérebro responsável pela memória emocional é maior nas mulheres. O estudo acompanha uma série de outras pesquisas sobre as diferenças concretas do cérebro feminino e masculino nos últimos anos. Os esforços da ciência significam a inauguração de uma era de maior tolerância e respeito às diferenças sexuais?

O Lóbulo Infero-Pariental já havia sido alvo de estudos na Universidade de John Hopkins. As conclusões de lá são que, além de guardar melhor do que os homens as imagens com apelo dramático, as mulheres falam mais e se expressam melhor. Compreendem mais os próprios sentimentos e as emoções dos outros e conseguem estabelecer melhor as relações entre as partes do corpo. Tudo isso parece estar relacionado ao lado direito do cérebro, mais desenvolvido no sexo feminino que no masculino.

Outra pesquisa, da Universidade de Yale, apresenta evidências de que os cérebros das mulheres, em sua maioria, processam a linguagem verbal simultaneamente nos dois hemisférios cerebrais, enquanto os homens se concentram mais no lado esquerdo. A área esquerda do cérebro está ligada à percepção do tempo e do espaço. Daí, os sensos matemático e de direção serem mais desenvolvidos nos homens.

Mas essas características não distinguem por completo os homens das mulheres. Os esforços da ciência em classificar os comportamentos masculino e feminino são apenas recursos para representar atitudes predominantes em cada sexo. "E levar a uma maior compreensão das diferenças de gênero", reconhece o doutor em neurofisiologia e professor da Unicamp, Renato Sabbatini. Tanto homens quanto mulheres possuem hormônios feminino e masculino, que influenciam no sistema nervoso. Ambos os sexos têm características masculinas e femininas, fundamentais para a sobrevivência.

Como podem, então, haver tantas diferenças comportamentais entre os dois sexos? Apesar de todas as pesquisas, ainda é um grande mistério para Ciência saber se as diferenças psicológicas entre sexos são biológicas ou culturais. "O feto, ainda na barriga da mãe, recebe influências dos hormônios dela, que podem ser tanto masculinos quanto femininos. Dependem do ambiente e da situação que a mãe vivencia", exemplifica o cientista. Portanto, até o bebê que não nasceu já tem seu comportamento influenciado pelos fatores culturais. Torna-se difícil dizer o que - além da anatomia, é claro - é natural do homem e da mulher.

Principalmente, porque a sociedade, por milhões de anos, difundiu a idéia de que as características femininas estavam atribuídas a determinados papéis sociais de cooperação e os homens exerciam uma função de caça e dominação. Na vida prática moderna, não é mais isso o que acontece. Papéis sociais mudam ou até se invertem. Quantas mulheres trabalham, homens cozinham e cuidam de crianças? E ambos provam serem capazes de se adaptar, sem perder sua função sexual.

"Apesar de, na maioria das vezes, predominarem as características psicológicas do sexo biológico, o cérebro humano está em constante dinâmica e transformação", explica Renato Sabbatini. Isso significa que, no plano individual, não dá para separar por completo as características de agressividade e competitividade, que predominam nos homens, das idéias de compreensão e cooperação, predominantes nas mulheres. "O humor e o comportamento humano oscilam a cada situação nova", afirma Sabbatini. Para que não haja desavenças, ambos princípios, masculino e feminino, devem se manter em equilíbrio e ser usados nos momentos adequados. É o que os chineses representam pelo símbolo de união do 'Yin e Yang'.

(Simone Muniz - Fonte: www.maisde50.com.br)